O Caminho das Estações. No crepúsculo da vida, passos lentos, mas sábios, Anda o viajante, com histórias em seus olhos. Cada ruga, uma memória, um capítulo não escrito, Nos livros do tempo, uma jornada de infinito.
Nos cabelos, a prata tece fios de experiência, Em cada fio grisalho, uma lição, uma essência. Nos olhos, um brilho, reflexo de mil sóis, De risos e lágrimas, de tempos heróis.
Nas mãos, traços de batalhas, suaves e marcadas, Seguraram o amor, a vida, em jornadas encantadas. Passos que dançaram, correram, agora caminham serenos, Na dança do tempo, em compassos pequenos e plenos.
O coração, um baú de amor, de perdas, de achados, Bate em ritmo calmo, por anos acalentados. Nas histórias contadas em noites serenas, Ecoam sabedoria, lições amenas.
Envelhecer, não é só passar dos anos, É colher os frutos, é somar os enganos. É ser mestre de si, em um mundo em movimento, É ser poesia viva, no livro do tempo.
Assim, no caminhar lento, na estrada da vida, Cada passo é um tesouro, na memória esculpida. O envelhecimento, uma arte, um pintar delicado, No quadro da existência, eternamente amado.